A fisioterapeuta pélvica ainda não é acessível para a maioria da população piauiense. Entre os seus benefícios está a prevenção e também o tratamento para a incontinência urinária e disfunções sexuais. Ampliar o acesso desse serviço na rede pública de saúde, em especial para as mulheres, é o objetivo da pesquisa de mestrado da fisioterapeuta Karol Carvalho.
A pesquisa é realizada no Ambulatório do Hospital Getúlio Vargas e tem como tema "O perfil sociodemográfico e clínico de mulheres com disfunção pélvica". Karol Carvalho afirma que o objetivo de sua pesquisa é mostrar a necessidade de abrir o serviço de fisioterapia pélvica nos hospitais da rede pública de saúde do Piauí.
"Durante os atendimentos percebi o quanto é crescente a demanda por tratamento na área da fisioterapia pélvica. O Estado precisa abrir espaço para que os fisioterapeutas possam contribuir para a saúde da população, pois atualmente apenas a rede privada oferece o tratamento. Essas disfunções diminuem a qualidade de vida de mulheres, homens e crianças A prevenção pode evitar possíveis cirurgias de correção o que diminuiria os gastos da saúde pública", relata Karol Carvalho.
Incontinência urinária e disfunções sexuais são os casos mais frequentes. Para as mulheres, as disfunções podem estar associadas à idade, ao pós-parto e ao período da menopausa. Já para os homens estas disfunções estão associadas principalmente após operações de próstata. Crianças também podem apresentar problemas de incontinência urinária e todos esses pacientes necessitam de tratamento com a fisioterapia pélvica.
A pesquisa de mestrado da fisioterapeuta Karol Carvalho seguirá até o mês de abril. Ate lá, os pacientes que desejam atendimento em fisioterapia pélvica podem procurar o Ambulatório do Hospital Getúlio Vargas, às quintas-feiras, de 07h às 12 horas.
"Apresentei o projeto e os benefícios da fisioterapia pélvica para os médicos que atuam em outros setores do Hospital Getúlio Vargas e recebi apoio destes profissionais. A fisioterapia contribuirá positivamente para a reabilitação destes pacientes. Espero que os resultados da pesquisa sensibilize os gestores da saúde pública no Estado e que o fisioterapeuta esteja incluído na equipe de saúde que trata das disfunções pélvicas", encerra Karol Carvalho.