A formação acadêmica dura de 4 a 5 anos, dependendo da instituição de ensino superior. Ele é dotado de formação nas áreas de Saúde e Sociais e sua intervenção compreende avaliar o cliente, buscando identificar alterações nas suas funções práticas, considerando sua faixa etária e/ou desenvolvimento, sua formação pessoal, familiar e social. A base de suas ações compreende abordagens e/ou condutas fundamentadas em critérios avaliativos com eixo referencial pessoal, familiar, coletivo e social, coordenadas de acordo com o processo terapêutico implementado.
O Terapeuta Ocupacional compreende a Atividade Humana como um processo criativo, criador, lúdico, expressivo, evolutivo, produtivo e de automanutenção e o Homem, como um ser práxico interferindo no cotidiano do usuário comprometido em suas funções práxicas, objetivando alcançar uma melhor qualidade de vida.
As atividades do profissional estendem-se por diversos campos das Ciências de Saúde e Sociais. O profissional avalia seu cliente para a obtenção do projeto terapêutico indicado, que deverá, resolutivamente, favorecer o desenvolvimento e/ou aprimoramento das capacidades psico-ocupacionais remanescentes e a melhoria do seu estado psicológico, social, laborativo e de lazer.
O Terapeuta Ocupacional tem sua atuação garantida pelo Decreto Lei Nº. 938 – de 13 de Outubro de 1969 – DOU nº197 de 14/10/69 – retificado em 16-10-1969 Sec. I – Pág. 3.658 nos hospitais gerais, ambulatórios, consultórios, clinicas dia, Projetos Sociais Oficiais, Sistemas Prisionais, IES, Órgãos de controle social, Creches e Escolas, Empresas e Comunidades Terapêuticas.
As especialidades reconhecidas pelo COFFITO são Acupuntura, Contextos Hospitalares, Contextos Sociais, Saúde da Família, Saúde Mental.
Em novembro de 2014, o CREFITO14 assumiu a primeira gestão. Antes, o estado do Piauí era pertencente ao CREFITO6 junto com o Ceará. Desde 2015 o conselho tem desenvolvido ações para divulgar a Terapia Ocupacional e mostrar para a sociedade o quanto esta profissão é importante no processo de reabilitação e socialização do indivíduo, independente da sua idade e patologia.
Nesse tempo, o Conselho realizou visitas constantes às IES, ofertou cursos e palestras gratuitos em diversos temas; entregou carta de intensão de abertura de curso e Projeto Político Pedagógico na Universidade Federal do Piauí e Universidade Estadual do Piauí; realizou o I Simpósio de Terapia Ocupacional do Piauí gratuito; Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional; aderiu à campanhas estaduais como câncer de mama e aleitamento materno, parto humanizado dentre outros; divulgações nos meios de comunicações e redes sociais; reuniões com prefeitos e secretários para falar da escassez de profissionais no estado do Piauí e a necessidade de abertura de concurso público para atenção básica e as redes de média e alta complexidade.
Atualmente somos 60 profissionais Terapeutas Ocupacionais registrados no CREFITO14, para uma demanda de 3,2 milhões de habitantes no Estado, segundo o IBGE, sendo que 27,57% tem algum tipo de deficiência e necessitada de um terapeuta ocupacional. Ou seja, se temos um déficit muito grande de profissionais somente nessa área, imagine se quantificarmos em todas as outras que necessitam desse prisional.
Com essas ações realizadas temos percebido dentro do Conselho um aumento na procura dos profissionais nas clinicas particulares e em alguns municípios. No entanto, reconhecemos que esses são apenas os primeiros passos no reconhecimento e valorização da Terapia Ocupacional no Estado e garantimos que em 2017 daremos continuidade aos trabalhos.
Dra. Leila Mendes da Silva – Vice-presidente do CREFITO 14 e Terapeuta Ocupacional.