Terça-feira, 24 de Dezembro de 2024, 22:17h
Reconhecida pela Conselho Federal de Fisioterapia (COFFITO) desde 2009, a Fisioterapia Uroginecológica atua na prevenção e reabilitação de disfunções relacionadas ao assoalho pélvico. Os músculos desta região têm a função de controlar a urina e as fezes, sustentar os órgãos pélvicos, como a bexiga, útero, reto, além de auxiliar no desempenho da atividade sexual. No Piauí, o Hospital Getúlio Vargas é o pioneiro no Estado a oferecer a especialidade através do Sistema Único de Saúde – SUS.
“Em 2009, a saúde pública do país teve essa conquista, que também foi um ganho para a área e fortalecimento da profissão. O fisioterapeuta especialista nesta área atua nas disfunções genitourinárias, reprodutivas, entre outras”, destaca Marcelino Martins, presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito 14).
A fisioterapeuta Karol Carvalho realiza pesquisa e atendimento voltados para implantação de tratamento na Fisioterapia Pélvica. Os atendimentos são realizados toda quarta-feira, no HGV.
“Como estamos realizando um estudo científico individual, trazemos os nossos aparelhos para realizar os atendimentos. Além de aprofundar as pesquisas na área, temos a oportunidade de ajudar e melhorar a saúde a qualidade de vida de muitos homens e mulheres”, explica a fisioterapeuta.Ao longo do dia são realizadas sessões no tratamento para incontinência urinária, incontinência fecal, bexiga hiperativa, pós-operatório de cirurgias da próstata, bexiga neurogênica em crianças, disfunções sexuais em ambos os sexos, dor pélvica crônica e complicações referentes à menopausa.
Primeiramente, o tratamento é voltado para a normalização do tônus muscular, visando ao ganho da força e restabelecimento da função do assoalho pélvico. São utilizados recursos como: cinesioterapia; eletroestimulação e biofeedback.
A fisioterapia uroginecológica melhora e diminui as disfunções da estática lombopélvica, facilitando a função uroesfincteriana e promovendo até a correção de outras disfunções. Os portadores de incontinência urinária, prolapsos e dores relacionados às cicatrizes cirúrgicas no períneo podem e devem ser tratadas por esse método: simples, indolor e eficaz.
A diretora geral do Hospital Getúlio Vargas, Clara Leal, enfatiza a importância de oferecer à sociedade o atendimento voltado para a fisioterapia uroginecológica. “A parte da uroginecologia necessita de um profissional específico para trabalhar na reabilitação do paciente. A fisioterapia uroginocológica não só auxilia aquelas pessoas que sofrem com incontinência urinária e fecal, como também atua como analgésico em dores pélvicas crônicas”, finaliza.