Marcelino Martins, presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito 14), representou a entidade na solenidade de entrega do Selo de Empresas Acessíveis em Teresina.
A proposta é da Prefeitura de Teresina, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania e Trabalho (Semtcas), em parceria com o Instituto COMRÁDIO, com a Fundação Oi Futuro e o apoio técnico dos Conselhos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia e Agronomia.
Marcelino Martins, presidente do Crefito14, avalia que as empresas da capital estão num processo de adaptação e a proposta do selo irá motivar outras empresas a se adequarem à acessibilidade. “A maioria das empresas ainda está preocupada com o cumprimento da legislação ao contratar pessoas com necessidades especiais. Quando, na realidade, mais do que cumprir o que a lei exige é necessário, primeiramente, oferecer condições estruturais para que essas pessoas possam desenvolver as suas competências no ambiente de trabalho”, considera.
As organizações premiadas com o Selo de Empresa Acessível foram, respectivamente, a Faculdade Santo Agostinho, Adapta Fácil e as Lojas Dragão. A proposta do Selo surgiu através do projeto “Um olhar para a cidadania”, onde seis empresas aceitaram participar das avaliações feitas pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito14), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
As visitas às empresas aconteceram entre os meses de maio e setembro deste ano. Os conselheiros diagnosticaram que além da necessidade de adequação dos espaços físicos, a chegada das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho ainda ocorre apenas em virtude do cumprimento da legislação trabalhista.
Para Mauricéia Carneiro, secretária da Semtcas, o preconceito ainda é o maior empecilho para aumentar o numero de contratações. “Precisamos ampliar também o alcance das políticas públicas que darão acesso ao mercado de trabalho, capacitando as pessoas com deficiência dentro de suas peculiaridades. E, sobretudo, precisamos que as empresas se adaptem ao mundo das pessoas com deficiência. Esse é um dever de todos, inclusive do poder público”, avalia.
Conheça as empresas acessíveis de Teresina
Categoria Ouro - Faculdade Santo Agostinho
“Estou feliz e emocionada. Trabalhar a acessibilidade é tratar da dignidade das pessoas. Na faculdade, temos alunos e funcionários que são respeitados dentro de suas peculiaridades. Acreditamos na acessibilidade e nas pessoas com deficiência”, Iara Lima, diretora da FSA.
Categoria Prata - Adpata Fácil
“A nossa empresa ajuda outras empresas a se tornarem acessíveis. Também buscamos esse perfil internamente e ficamos honrados com o Selo, pois indica que estamos no caminho correto”, Camila Andrade, diretora da Adpata Fácil.
Categoria Bronze - Lojas Dragão
“Em nossa loja temos pessoas com deficiência com características diferentes. A nossa história com a acessibilidade começou quando ainda na UFPI encontrei o Paulo, responsável por implantar o sistema de informática das lojas Dragão. Paulo era cadeirante e não está mais entre nós. Mas, deixou a lição de que não podemos limitar as pessoas, pois todos nós temos mentes brilhantes”, ressalta o diretor das Lojas Dragão.