Sábado, 23 de Novembro de 2024, 11:45h
Representantes do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito 14), Ministério Público do Piauí (MP-PI), Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) realizaram vistoria, nesta sexta-feira (24), ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Foram visitadas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), setor de Farmácia, Enfermaria-Clínica Ortopédica, setor de esterilização e setor de queimados. No que diz respeito ao cumprimento das normas de Fisioterapia, foram encontradas irregularidades na pediatria, setor de queimados e enfermaria.
“Nós constatamos diversas irregularidades no que diz respeito ao serviço de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do HUT. Um hospital de grande porte e alta complexidade como este, não pode negligenciar a qualidade do atendimento, lesando tanto pacientes quanto profissionais. Portanto, junto ao Ministério Público e demais Conselhos, iremos reivindicar e cobrar as adequações do hospital aos níveis ideais de atendimento”, diz o presidente do Crefito 14, Marcelino Martins.
Na UTI pediátrica foi verificado que os aparelhos de ventilação mecânica não passam por manutenção há mais de um ano. Já na emergência e na clínica pediátrica, foi constatada a ausência de profissionais fisioterapeutas no período noturno e fim de semana, o que acarreta no deslocamento impróprio do profissional da UTI para atendimento nesses dois setores, em caso de intercorrência.
No setor de queimados, o Crefito verificou que existe apenas um fisioterapeuta, que atua em turnos revezados, prejudicando, assim, a continuidade no atendimento do paciente. Também faltam alguns aparelhos utilizados no tratamento fisioterapêutico, especialmente respiratórios.
Já no setor de enfermaria, onde funciona a Clínica Ortopédica, com 52 leitos de pacientes com fratura exposta, não havia nenhum profissional de Fisioterapia. “Este é um serviço essencial para a evolução da melhora no quadro do paciente, primordialmente com relação à reabilitação de movimentos”, explica Marcelino Martins.
Quanto à Terapia Ocupacional, foi averiguada a presença de apenas uma profissional, que devido às várias demandas em todo o hospital, precisa se deslocar continuamente para diferentes setores, o que compromete integralmente a qualidade do serviço oferecido aos pacientes.
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