O Promotor de Justiça Eny Marcos Vieira Pontes, titular da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, vistoriou, nessa quarta-feira (21), o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), juntamente com o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito 14), para averiguar o cumprimento de procedimentos que foram instaurados na unidade hospitalar. O grupo foi recebido pelo diretor-geral Gilberto Albuquerque e pelo Coordenador de fisioterapia Ricardo Barros. Durante a inspeção, os questionamentos da equipe foram respondidos pelos profissionais dos locais que foram verificados (Salas de Estabilização, vermelha e amarela, UTIs, Enfermarias, assim como os setores de nutrição, queimados e de realização de endoscopias ). Após a vistoria, o Promotor de Justiça ressaltou que já podem ser verificados avanços quanto às recomendações e aos Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) que foram firmados com o HUT. No entanto, apesar de algumas medidas terem sido cumpridas, outras irregularidades foram constatadas. O agente ministerial enfatizou a importância do atendimento ser oferecido de forma adequada, em virtude de ser um hospital de referência de alta complexidade, com atendimento de urgência no setor de trauma. Fatores que justificam a importância de fisioterapeutas com atuação por 24 horas, todos os dias, inclusive nos finais de semana. Principalmente, nos setores de Pronto-Atendimento e nas Unidades de Terapia Intensiva. Foi comprovado durante a vistoria, por meio das escalas que faltam profissionais, nos horários noturnos e nos finais de semana. "Sem dúvida, uma vistoria bastante pertinente. Confiamos que o Ministério Público tomará as providências cabíveis para que o HUT tenha a quantidade necessária de profissionais de fisioterapia", comenta Marcelino Martins, presidente do Crefito 14. Documentos, laudos e depoimentos sobre a redução no quadro de fisioterapeutas foram colhidos pelo Promotor de Justiça. Segundo os profissionais que trabalham no hospital, a ausência dos fisioterapeutas resultam em ocorrências que oferecem prejuízos aos pacientes, inclusive com o registro de um óbito, pela ausência do atendimento fisioterapêutico. O laudo da vistoria será concluído em 15 dias. Diante do descumprimento dos termos já firmados medidas judiciais poderão ser adotadas, assim como aplicadas as sanções estabelecidas nos documentos, inclusive com o pagamento de multas. Quanto às irregularidades que foram constatadas serão feitas novas recomendações e TACs. A comitiva que acompanhou o agente ministerial foi formada pelos servidores do Ministério Público do Piauí, o Auditor Médico Paulo Rogério Monteiro, a Assistente Social Núbia de Caldas e a estagiária Jardlla Ysis. Também participaram da inspeção, o Presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Piauí (Crefito 14) Marcelino Martins, a Agente Fiscal do Crefito 14 Grazielle Alapenha, a Gerente de Serviços de Saúde da Divisa (Diretoria de Vigilância Estadual) Romênia Guedes e o Coordenador de Radiodiagnóstico da Divisa Thomas Morais.