Quinta-feira, 06 de Novembro de 2025, 00:53h
"Extinguir esses leitos é reduzir ainda mais o que já é deficiente. Não há justificativas plausíveis para esse projeto. E isso acontece sem que a sociedade, especialistas e os Conselhos sejam ouvidos. Somos legítimos para acompanhar a aplicação dos recursos e questionar os procedimentos desse processo. Reivindicamos o direito de chamar a atenção para o fato de que a transferência de bebês prematuros extremos ou em estado grave entre hospitais é um procedimento de alto risco, podendo resultar no aumento da mortalidade", defende.
Esta é a segunda audiência promovida pelo Ministério Público para discutir o assunto. A sessão foi conduzida pelos promotores de Justiça Eny Marcos Ponte e Fernando Santos e contou com a participação e um representante da Sesapi, membros de Conselhos de Entidades de Classe, Conselhos de Saúde, coordenadores do Ciamca e demais entidades envolvidas direta
mente com o tema.
A ausência de um representante da FMS foi a mais sentida e criticada por todos os presentes. "O que chama atenção é que não se trata apenas de gestão pública, mas de sensibilidade e humanidade. A ausência de um representante da Fundação é uma demonstração de que o assunto não está sendo tratado com o devido compromisso, mas iremos continuar com nossa intervenção nem que para isso seja preciso judicializar o processo”, conclui o promotor de Justiça Eny Marcos Ponte.