Membros do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 14ª Região (Crefito 14) participaram de reunião do Conselho Municipal de Saúde para tratar sobre a falta de profissionais de fisioterapia nos hospitais da rede municipal de Teresina, em especial no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O encontro aconteceu nesta terça-feira (25), na Secretaria Municipal de Saúde. Estiveram presentes o presidente do Crefito 14, Marcelino Martins, e a diretora-secretária do conselho, Nayana Pinheiro Machado Coelho.
De acordo com a comissão do Conselho Municipal de Saúde responsável por fiscalizar os hospitais da capital, o Hospital de Urgência de Teresina possui diversas irregularidades quanto ao serviço de fisioterapia. "Os profissionais de fisioterapia lotados no HUT não dão conta de atender a demanda do hospital. Cada fisioterapeuta deve ficar responsável, em média, por seis pacientes, mas, atualmente, atende mais de 17. Além disso, os profissionais só estão no Hospital de segunda a sexta-feira, até às 18h, o que impede o atendimento adequado durante a noite e principalmente nos finais de semana, quando profissionais de outras áreas assumem a demanda dos fisioterapeutas", critica Vagner Cardoso, representante da comissão.
O presidente do Crefito 14, Marcelino Martins, afirma que a baixa quantidade de fisioterapeutas no Hospital de Urgência de Teresina também já foi constatada durante uma fiscalização do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e que a situação põe em risco a vida dos pacientes.
“Essas irregularidades significam um total descaso com a saúde pública e com a valorização do profissional de fisioterapia. Já foram até registradas ocorrências de três óbitos relacionados à falta de fisioterapeuta. Somente no HUT há um déficit de 14 profissionais, sendo que temos um concurso em vigor, promovido pela FMS, com sete candidatos aprovados aguardando a nomeação e outros 14 em cadastro de reserva. Essa situação precisa ser resolvida, estamos falando de vidas que estão sendo perdidas pela falta de profissionais”, destaca Marcelino Martins.
Após a discussão com os membros do Conselho Municipal de Saúde, ficou decidido que o colegiado vai enviar ofícios aos órgãos responsáveis pela administração do HUT e aos seus gestores pedindo soluções para o problema.