Uma série de irregularidades foram identificadas durante uma fiscalização do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 14ª Região (Crefito 14/Piauí) no Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, no Centro de Reabilitação anexo ao Hospital e no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São Raimundo Nonato.
A ação foi conduzida pela agente fiscal do Crefito 14, Grazielle Alapenha, e contou com a participação da vice-presidente do Conselho, a terapeuta ocupacional Leila Mendes.
No Hospital Regional, foram constatadas ausência do profissional fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, sendo que existem setores onde a presença destes profissionais é fundamental, como na assistência aos recém-nascidos prematuros e em uso de ventilação mecânica; na assistência do partejamento, auxiliando as gestantes a realizarem parto normal; assistência aos pacientes acamados da clínica médica, serviço que é feito, atualmente, pelos profissionais do Centro de Reabilitação que são chamados a se deslocarem para hospital para realizar essa assistência.
No Centro de Reabilitação foram encontradas irregularidades como falta de manutenção de equipamentos; aparelhos de eletroterapia sem identificação de manutenção realizada; ausência de certificados de manutenção nos aparelhos; inexistência de individualização de espaço para atendimentos de pacientes que necessitem de exposição de áreas do corpo; ausência de lençol descartável para macas utilizadas pelos pacientes; ausência de equipamentos em quantidade satisfatória para atender a demanda dos pacientes; espaço físico necessitando de adequações estruturais.
Já no CAPS, o Conselho identificou ausência do profissional terapeuta ocupacional, existência de profissional artesã se intitulando terapeuta ocupacional, porém sem desempenhar atividades competentes à área, confundindo, assim, os usuários a pensarem que a atividade de artesanato e atividade de terapia ocupacional. Na oportunidade, foram dadas orientações aos profissionais que trabalham no CAPS para que informem aos usuários que a atividade desempenhada no estabelecimento não é de terapia ocupacional. Também será solicitada à Prefeitura a presença do profissional terapeuta ocupacional no CAPS. “O trabalho que a artesã faz é belíssimo, mas essa arte precisa trabalhar em conjunto com um terapeuta ocupacional, que, no caso, o CAPS não possui. Vamos notificar a Prefeitura e solicitar os devidos ajustes”, comenta Leila Mendes.